segunda-feira, 24 de setembro de 2007

um luxo só....



Luxo, mas luxo mesmo, é passar o fim de semana na serra.
Apesar da favelização (feita pelos pobres e também pelos ricos, com casas e apartamentos horrendos, ai meu Deus, cada coisa ...) você volta de Petrô e adjacências achando que a vida é bela!

O tempo estava lindo, calor de dia na medida certa, e um fresquinho de noite que era tudo de bom. O ponto negativo era a seca, faz milênios que não chove, e a mata estava amarelinha, coitada! Ainda bem que hoje chegou a frente fria, e pelo menos aqui no Balneário começou a chover.

A civilização realmente chegou lá, pelo menos em Itaipava - leia-se: os radares... e acho que ganhei um "presente", só espero que não tenha sido daqueles de 600 reais. Então, distraídos e apressadinhos - CUIDADO! O retão em frente à Granja Brasil, antes do Horto está cheio de radares, em ambas as direções, e a velocidade é 50 km/h (CINQUENTA!), portanto qualquer descuido é fatal! Araras, Graças a Deus, continua sem radares, apesar de um quebra-molas a cada 5 metros, mas acho que não tem nenhum novo, só aqueles que a gente já conhece.

Falando em luxo, estar no "meio do mato", onde até mesmo o meu celular está morto e ter um notebook com ligação à internet é o máximo, não é mesmo? Confesso que estou fazendo a maior propaganda, mas adorei o tal mini-modem da TIM, especialmente porque agora me livrei das escorchantes tarifas que os hotéis costumam cobrar por acesso à net. E não é que o modemzinho pegava lá no meio do mato? Mal mas pegava. É nessas horas que eu a-d-o-r-o o século XXI. Como é que há 10 anos atrás eu poderia imaginar uma coisa dessas? Sem chance!

Aliás, na seção "de volta ao passado", eu ri muito vendo um detalhe (pouco importante) do "Bom Pastor" com o Matt Damon. Numa determinada cena, ele verifica quem retirou certo livro da biblioteca. O livro tinha 2 cartões - um que ficava preso no próprio e outro, que você assinava e ficava guardado na biblioteca para que eles soubessem quem estava com o livro (e pudessem cobrar eventuais atrasos, entre outras coisas). Hoje em dia, é tudo código de barras! O segundo cartãozinho sumiu, o primeiro existe ainda (eu acho), como um lembrete para você não se esquecer da data de devolução, embora você receba um e-mail avisando com alguns dias de antecedência sobre a data de devolução do livro.

Mas, vamos combinar ... já faz MUUUUUITO tempo que eu não passo pela biblioteca! A internet resolve o dia a dia, tenho acesso aos jornais acadêmicos com o que há de mais moderno e ainda sou daquele tipo de ser humano ANTIGO que acumula livros (o arquiteto e o engenheiro que fizeram o meu apartamento que o digam, é espantoso).

Geléia é isso mesmo, começo falando de serra e termino com um papo nostálgico sobre bibliotecas. Aliás, duas falhas gravíssimas no meu curriculum - não conheço nem a Biblioteca Nacional nem o Real Gabinete Português de Leitura, imperdoável, eu sei. Quem sabe no dia em que eu tiver tempo, lá na próxima encarnação.

Aí vão umas fotos da serra, fresquinhas direto da Nikon...




quarta-feira, 19 de setembro de 2007

My favorite things

Os videos andavam sumidos, né?



E agora na versão original (se você, como eu, já tinha se esquecido de onde tinha ouvido esta música....)

Sobre fórmulas, dados, padrões e o Big Brother nas nossas vidas

O século XXI parece ser o paraíso dos estatísticos (e dos "torturadores de dados" sob as mais diversas denominações).

Você provavelmente não se deu conta, mas todos os seus dados estão por aí, esperando para ser analisados, processados e "devolvidos" (não necessariamente prá você). Se você der azar, caem nas mãos erradas e aí, só fazendo promessa ao seu Santo favorito prá ter sua paz de espírito de volta. Mas, vamos esquecer os "hackers" e pensar no lado positivo de tudo isso, embora a nossa vida seja dominada por uma infinidade de "Big Brothers", públicos e privados.

Um exemplo bem simples - talvez você faça compras no mesmo supermercado que eu, e receba por e-mail uma lista de ofertas semanais. E não é que as ofertas parecem ter sido feitas prá você? E foram mesmo! No meu caso, você pode apostar que eu vou ficar sabendo de todas as promoções de vinhos, chocolates, massas italianas, queijos variados. Arroz, feijão? O que é isso? Nunca me são oferecidos, por um motivo óbvio - eu não compro arroz com feijão.

E os malditos cartões de crédito? Para o bem e para o mal, sua vidinha privada é toda monitorada. E absurdos acontecem (e como!). Num dia, fiz uma compra numa farmácia. No dia seguinte, lá estou eu noutra farmácia, comprando uns 50 reais. Adivinhem? O cartão não passou (juro que tinha pago a conta, viu, gente?). Dois dias depois, uma simpática e ineficiente senhorita da empresa de cartões me liga me avisando que, para a minha proteção, minha compra caríssima de 50 reais não tinha sido aprovada, já que eu tinha comprado numa farmácia na véspera. Aí ela recebeu a pergunta que não quer calar até hoje: "quer dizer que eu não posso comprar dois dias seguidos em farmácias diferentes"?

Estou até agora esperando a resposta, pois o gravador automático com sotaque de Uberlândia continua me dizendo que "para a sua segurança, senhora, sua transação foi cancelada."

Mas, nem tudo está perdido no quesito "cartões de crédito": estava eu detonando meu cartão fora do Brasil e ring, ring, ring.... eis meu celular. Era a empresa, ligando para saber se era eu mesma num momento de loucura ou alguma clone tentando me levar à falência. Simpático, e o "rombo" foi aprovado na mesma hora. O problema é que, com as minhas inúmeras viagens, eu faço qualquer programa de reconhecimento de padrões ficar doidinho. Ou seja, o computador diz: hoje ela está aqui, amanhã ali, depois de amanhã, acolá, e haja terabytes de informação.

Um livro lançado recentemente (que eu ainda não li, mas está fazendo o maior sucesso na matriz) é: Super Crunchers: Why Thinking-by-Numbers Is the New Way to Be Smart .

A idéia central do livro é descobrir relações "inesperadas" ou "escondidas" entre variáveis a partir de enormes bases de dados, como as que as empresas usualmente guardam hoje em dia.
Por exemplo, uma olhadinha nos meus padrões de consumo vai revelar que eu gasto muito dinheiro em restaurantes e pouco dinheiro em roupas no Brasil (mas alguma grana em roupas quando viajo). Qual será a relação? Os tamanhos brasileiros não me cabem! Se alguém for me oferecer um brinde, o que será que vai fazer mais sucesso? Uma garrafa de vinho ou um biquini fio dental?

E a coisa não pára por aí - existem empresas tentando identificar padrões de "sucesso" em filmes e músicas. E são zilhões de variáveis, mas acredito que seja perfeitamente possível identificar alguns padrões relevantes que diferenciem um "hit" de um "flop". O único ponto que me incomoda nesta análise é: estes padrões podem ser mutáveis ao longo do tempo. A empresa que afirma poder identificar as características estruturais de uma música vencedora decompõe a batida, o ritmo, e tudo o mais que caracteriza a música, comparando-a com as que já foram sucessos. O que eu não sei como eles resolvem é - será que em alguns períodos algumas dessas características foram mais importantes que outras. Por exemplo, será que na década de 70 (e estou "chutando") a "batida" não era a característica primordial para definir um sucesso?
A questão é: acostumem-se. Big Brother está aí para ficar, e o lado positivo é que não vão tentar vender comida de gato prá quem tem cachorro (e vice-versa) ...

O outro lado BEM positivo é que eu acho que tenho emprego garantido por mais algum tempo...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Será o medo do inferno?

Esta veio do Atlantic e vou tentar resumir o texto original sem cometer erros crassos.

Será que o medo do fogo do inferno torna as mulheres mais religiosas que os homens?

A teoria da preferência pelo risco (ou sua contrapartida, a aversão ao risco) diz que as mulheres são mais "avessas ao risco" que os homens. Isso explica, por exemplo, porque não jogamos toda a nossa grana impulsivamente nas corridas de cavalo ou nas bolsas de valores (mesmo nos momentos em que elas aparentam ser imbatíveis).

Então, uma "passadinha" semanal na igreja serviria como "hedge" contra as chamas da danação eterna...
A idéia de aversão ao risco surge então como a mais recente explicação para a maior religiosidade das mulheres.

Um estudo recente de pesquisadores da Universidade do Arizona contesta o argumento do medo do inferno como motivação para a religiosidade feminina, já que este pressupõe que as pessoas acreditam em "algo" após a morte. Os pesquisadores estudaram dois grupos de pessoas: as que acreditavam em "algo" após a morte, e as que não acreditavam.

As mulheres no segundo grupo (os "céticos", que não acreditam na vida após a morte) são mais religiosas que os homens no mesmo grupo, e a diferença entre os sexos é maior no grupo dos "céticos" que no outro grupo. Dentre os que não acreditam no inferno, as mulheres vão à igreja com mais freqüência que os homens com convicções semelhantes. Já entre os que temem o fogo eterno, homens e mulheres vão à igreja com freqüências semelhantes.


Em resumo: sei lá!
Parece que o que motiva o pessoal não são as chamas eternas, ou o medo de virar churrasquinho por toda a eternidade. Segundo o estudo, a aversão ao risco feminina não é tão grande assim, ou então o "cara" vermelho do tridente anda meio desacreditado no século XXI.


Para quem quer o artigo original, eis o link:
“Risky Business: Assessing Risk Preference Explanations for Gender Differences in Religiosity,” Louise Marie Roth and Jeffrey C. Kroll, American Sociological Review

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vergonha!

O título não poderia ser mais sucinto, e a não ser que você tenha acordado agora, já deve saber do que se trata: a absolvição de Renan no Senado.

O circo começa com a tentativa de impedir os deputados de assistir a sessão secreta do Senado, que descambou para cenas de pugilato explícito, mostrando a quantas anda o decoro parlamentar nas duas casas do Legislativo. Aliás, ponto para o STF mais uma vez, que vem subindo no conceito do que resta da chamada "opinião pública" brasileira. O Supremo acatou o mandado de segurança impetrado pelos deputados, permitindo que 13 deles participassem da sessão secreta do Senado.

O texto a seguir, retirado do blog do Noblat, comenta a decisão do STF.

STF decide se mantém decisão que beneficiou deputados

Começou há pouco sessão do Supremo Tribunal Federal. O ministro Ricardo Lewandowski submete a julgamento dos seus pares o mandado de segurança que analisou durante a madrugada, permitindo a participação de 13 deputados na sessão do Senado que decide o destino de Renan Calheiros (PMDB-AL).

O ministro fez questão de explicar seu voto. Disse que, no silêncio de seu gabinete, conversando com sua consciência, meditou bastante sobre o assunto. Pensou em negar o pedido, já que o regimento interno do Senado não autoriza a presença de deputados em sessões. Depois, contou ele, percebeu que o pedido ia além do texto frio do regimento.

Tratava-se, segundo ele, de fundamentos de ordem constitucional: publicidade e pleno exercício do mandato dos parlamentares. Por isso, o voto convicto: "Não abri a sessão secreta a pessoas estranhas ao Congresso Nacional".

Lewandowski repetiu que não transformou a sessão em pública porque, aí sim, estaria violando o dispositivo do regimento interno do Senado. "Não me atrevi a tanto", comentou.

Ou seja, o ministro Lewandowski conseguiu ver algo além do simples regimento interno do Senado, e pesar o impacto que tal sessão "às escondidas" teria sobre a credibilidade do Legislativo.

A esperança dos governistas e aliados de Renan é que a absolvição encerre o período de marasmo em que se encontra o Senado. Comentaristas políticos acham isso pouco provável, e argumentam que a crise que se resolveu parcialmente hoje (restam outros processos contra Renan no Conselho de Ética) desgastou o Senado e o governo, tornando o diálogo com a oposição ainda mais difícil. Enfim, o próprio governo pode acabar deixando o Renan se enforcar sozinho, quem sabe numa saída mais ou menos elegante, como um pedido de licença ou algo parecido?

O fato é que os políticos choram diante das câmeras, reclamando de um pré-julgamento pela imprensa, e do fato de estarem sendo "crucificados" pela opinião pública...

Mas que opinião pública é esta? É aquela que paga os impostos, tem cada dia menos dinheiro no bolso, se sente acuada com a insegurança das grandes cidades e com a perspectiva de menos emprego (e piores empregos, se eles existirem). A "opinião pública" é a voz esquecida da classe esquecida, a classe média - aquela que um dia sonhou com ascensão, e ao olhar em volta só vê o buraco, cada vez mais fundo.

No entanto, eu não vou ficar aqui fazendo um discurso Udenista (não é nem da minha época, viu?), mas só gostaria de levantar uma bola: se os nossos políticos são tão Renans, Collors, Malufs, Roberto Jeffersons, Clodovis, será que eles não nos espelham?

Marketing é tudo, vende qualquer coisa, até ar refrigerado para esquimó, mas será que, no fundo, nós não temos os políticos que merecemos?

Sem dúvida, existem coisas fundamentalmente erradas no nosso Legislativo - a gente vota em alguém e o fulano leva meia dúzia de 10 ou 20 junto, e a gente nem sabe quem são os outros. Além disso, o Clodovil e o Maluf tiveram que "ralar" muito para se eleger em SP. Se Clô tivesse sido mais esperto, era só se candidatar no Acre - aposto que se metade das "bibas" de Rio Branco tivessem votado nele, se elegia fácil, e olha que não deve ter tanta "biba" em Rio Branco assim... A questão é, você elege um deputado no Acre, ou no Amapá, ou em algum lugar lá no Norte, com muito menos voto que aqui no Sudeste.

Então, queridos, o meu, o seu, o nosso voto carioca, paulista, mineiro, gaúcho, baiano VALE MENOS! Considere então os programas de ação social do governo. Onde estão distribuídos? Norte e Nordeste. E, na democracia, uma cabeça é igual a um voto. Logo, em quem a "tchurma" lá do bolsa família vai votar: no Coronel Lula e em quem ele mandar, no caso os aliados do PMDB, o partido mais espalhado pelo Brasil afora. E sabe quando essa turma vai sair do poder? NUNCA! Talvez, para diminuir a revolta da "classe esquecida", venha aí antes das próximas eleições para presidente um pacotinho de bondades para satisfazer a classe média, e talvez antes disso decidam lançar um ou dois "negos" na fogueira, para satisfazer a tal da opinião pública. Mas, lamento dizer, N-A-D-A, N-A-D-I-N-H-A mesmo vai mudar, até que nóizinho aqui do Centro-Sul consigamos maior representatividade no Congresso (embora, cá entre nós, tanto a bancada de SP quanto a do Rio sejam de doer...)

Vocês vão dizer que hoje eu estou de mau humor, acho que estou mesmo, também pudera!

Um pouco menos de mau-humor, e bem mais sucinto (e bem escrito) está o blog de José Marcio Almeida Mendonça, no Estadão. Vide abaixo.

O Senado, o Legislativo

por José Marcio Mendonça, Seção: Política 18:40:41.

Antes que tivesse tempo de me preparar para comentar a escandalosa absolvição do senador Renan Calheiros por seus pares no Senado, alguns companheiros de blog deram aqui, em comentários à nota anterior, o tom da reação da sociedade: vergonha, decepção.

Não há muita coisa a dizer neste primeiro momento a não ser com tais adjetivos e com uma conclusão: foi um dia tenebroso para o Senado e a política brasileira. Não há risco: dias melhores não virão.

Para consolo, se há algum nesta hora, quem puder leia uma crônica de Machado de Assis intitulada "O Velho Senado". Pelo menos poderemos nos reconciliar com a beleza e a precisão no uso da língua e conhecer um outro tempo da política brasileira que, tudo indica, foi menos terrificante que o atual.

Num dos comentários que fiz hoje na Rádio Eldorado disse que o Senado estava numa encruzilhada: ou fazia história ou caía de vez no ramerrão da politiquice, do jogo de interesses partidários e pessoais. A maioria fez a opção que achou mais digna.Todos vão pagar, os inocentes e os pecadores. A política brasileira neste 12 de setembro ficou um pouco menor do que já era. Se isto é possível.

Como só o que nos resta é rir, aí vai....




A barba tingida (?) do Bin Laden

Não resisti e faço um "corte e cola"da Slate. O título é: "A barba do Bin Laden é "Kosher"?"
Em resumo: PODE SIM tingir a barba (com henna, nada de L'Oreal). O marketing do Bin Laden aparentemente não fere o Corão.

Explainer: Answers to your questions about the news.

Muslim Beards 101Are Muslims allowed to dye their facial hair?By Michelle TsaiPosted Monday, Sept. 10, 2007, at 6:53 PM ET

Osama Bin Laden gets a makeover

Days before the sixth anniversary of the Sept. 11 attacks, Osama Bin Laden appeared in a new video message urging Americans to embrace Islam. Bin Laden sported a trimmed, dark beard instead of his bushy, gray trademark. Some analysts suggest that he has dyed the beard as a sign of war; others think he now shaves to avoid detection and is just donning a wig.

Can a Muslim dye his beard?


Yes, although many imams believe it should be discouraged. Islam emphasizes modesty and simplicity, but some of Mohammed's sayings (or hadith) recommend covering up gray hair with henna or a dye called katam. According to the hadith of Sahih Bukhari, this would set Muslims apart from Jews and Christians, who (according to Mohammed) didn't dye their hair. The prophet said to avoid black hair coloring, however, probably because you weren't supposed to try to mimic a natural hue.

The Quran says nothing on the subject of keeping beards, but believers are urged to follow the example of the prophets, who all had them. Mohammed in particular maintained a neat, groomed appearance, and scholars believe he trimmed his facial hair. The general guideline from Sahih Bukhari boils down to "Trim the mustache, keep the beard." Followers should cut their mustaches short enough that the skin above the upper lip is visible, and grow beards to at least a fistful in length. A longer beard isn't automatically better, though. According to one account in the hadith of Malik's Muwatta, the prophet sent a man with disheveled hair out of the mosque to groom his beard. Muslims must also refrain from trimming their hair during the hajj, or pilgrimage to Mecca—at least until they've walked seven times around the Kaaba.

In the view of modern, mainstream Islam, growing a beard is recommended but not always required. Yusuf al-Qaradawi, a respected Sunni scholar in Egypt, says beards are optional. Taha Jabir al-Alwani, who helped found the International Institute of Islamic Thought in the United States, believes Muslims don't need to wear beards if it interferes with daily functioning—like if facial hair is prohibited at your place of work or if beards are uncommon in the country where you live. Relatively few Muslims wear big beards in places like Turkey, Algeria, and Morocco, where such an outward display of being Islamic might invite scrutiny from government authorities. Imams in Northern Africa also don't tend to have much facial hair.


On the other hand, you won't find too many sheiks or imams without impressive beards in the Sufi tradition. The reasoning here is that the worshippers are concerned only with their inward selves and not with outward appearances—thus the careless beards and mops of hair. Religious men in Afghanistan, Pakistan, India, and Bangladesh also prefer to signal their religious devotion with their beards. Muslims from Salafism, the literalist tradition to which Bin Laden is believed to subscribe, have also adopted the big beard.

Explainer thanks Imam Johari Abdul Malik of Dar Al Hijrah Islamic Center, Imam Abdul Malik Mujahid of the Council of the Islamic Organizations of Greater Chicago, and Vernon Schubel of Kenyon College.

Instruções de uso

Gente,

Parece que a minha geração não é, assim, digamos, "expert" na utilização de blogs e ferramentas multimídia do início do século XXI, e os meus dois leitores até agora respondem ao "geléia" através de e-mails!!

Sabe aquele linkzinho embaixo de cada "post"? É para comentários, e a não ser que eles sejam particulares, que tal escrever lá e começar a discussão? Senão, o propósito do blog vai por água abaixo.

Também, eu acabei de descobrir um negócio legal nos videos do Youtube - se você aperta "menu" (está embaixo no canto direito) tem, entre outras opções, videos relacionados ao que você está assistindo nesta página, e pode passar para eles imediatamente. Maneiro, né, principalmente para gente curiosa e com déficit de atenção como eu.

Para não fugir à regra, lá vai o video de hoje.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Cabarets de New York

Não, não estou falando de algo assim meio "Praça Mauá"... Os cabarets de New York são uma versão infinitamente melhorada e mais chique dos Piano Bars que não emplacaram por aqui. Eles estão entre as minhas mais caras (em todos os sentidos, prepare o bolso) e inesquecíveis memórias da Big Apple. Eu e Mme. S. passamos uma noite inesquecível com dois amigos, D. e K., editores de uma revista que é o máximo, Cabaret Scenes, dedicada a (adivinhe?) programação dos Cabarets da Big Apple.

A revista ainda existe, e você pode acessá-la na Net em http://www.cabaretscenes.com/. Decididamente vale uma conferida, os shows são imperdíveis, e se você gosta de ouvir os standards da música americana, não vai se decepcionar.


Por favor - New York tem muito mais que o Woodbury, a Macy´s, o Bloomingdales, a Estátua da Liberdade e aquela visitinha relâmpago ao Metropolitan (só para não se sentir culpado!).

Por sugestão de uma amiga (Mme. R, mais uma vez parodiando o saudoso Apicius) aí vai a dica de um dos mais famosos, o Oak Room do Hotel Algonquin.

UM CORTE E COLA DA PÁGINA DO ALGONQUIN...





New York's Best Cabaret...
World-class entertainment at the Algonquin Oak Room
Schedule/Performers History Press & Reviews

To view the Oak Room Cabaret Schedule, please click here.

In the Algonquin's supper club you can return to the glamour of the 20s and 30s and experience today's brilliant young performers of the Great American Songbook... The Oak Room was a launching pad for Harry Connick Jr., Michael Feinstein, Andrea Marcovicci, Diana Krall, Mary Cleere Haran, Jane Monheit, Peter Cincotti and Jamie Cullum.

During the regular Cabaret season, September through early July, performances are held Tuesday through Saturday at 9 pm, with a dinner seating at 7 pm. An additional late show on Fridays and Saturdays is held at 11:30 pm, with light fare available at 10:30 pm. On Sundays, enjoy a Jazz Brunch with seating beginning at 12 pm and a show at 2 pm, also Monday evenings at 8pm with a dinner seating at 6:30pm.

There is a cover charge of $60 to $75, depending on the performer, with a $70 three course pre-fixe dinner which is optional Tues. - Thurs., but required for early shows Friday and Saturday, or a $30 minimum. On Sunday, the show and brunch is $65. All prices are subject to change.

For information and reservations call 212-419-9331 or e-mail Barbara McGurn at http://www.blogger.com/bmcgurn@algonquinhotel.com

Um exemplo de figurinha fácil nos Cabarets é Michael Feinstein, que faz o maior sucesso em terras gringas. Veja quem é:


segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Cena Carioca

Luxo, mas luxo mesmo, é ir para o trabalho pela orla num dia de sol olhando o mar verde. É um dos "fringe benefits" de morar no Rio, e todo carioca que mudou para SP (ou outra floresta de concreto) acaba tendo a nostalgia destes momentos.

E cena carioca é bater papo no sinal com alguém que você não via há 20 anos. Constrangedor é quando você não reconhece a pessoa que te chama...Bom, já se passaram 20 anos, isso é sempre uma boa desculpa. Triste é ver que uma ex-companheira de farra, daquelas que saíam da boate (na época era "boate") às 7 da manhã, se tornou uma senhora de óculos e cabelos grisalhos. Aliás, hoje a "night" às vezes começa no "day" (às 7). Sei não, esse negócio de "boate" que só começa a funcionar de manhã cedo é meio estranho prá mim, mesmo se eu tivesse 18 anos acho que não teria saco - ia ficar fazendo o quê? Tirar uma soneca e acordar às 5? Nem pensar! Virar a noite? Detesto Red Bull e drogas pesadas acabam fazendo você ficar mais velha mais cedo.


O lado bom desses encontros fortuitos é que sempre me reconhecem, embora eu não reconheça ninguém. Acho que eu ainda não estou tão diferente assim, graças à boa e velha tintura de cabelo, entre outras coisas. Aliás, nessa hora dou Graças a Deus de ser gorda - elimina as rugas. Minha amiga magra de 20 anos atrás está, digamos assim, uma "uva passa".Dieta radical agora, nem pensar, vou desabar toda!


Enfim, vamos tentar trabalhar porque isso aqui é Rio de Janeiro mas ainda assim se trabalha depois de um feriadão!

Prá terminar o domingo (já é segunda...)

Um video relax para o final de domingo!

A classe média sumiu (da TV na matriz)

Li hoje na Salon um artigo bem interessante sobre a temporada recente de TV lá na matriz. A classe média desapareceu dos shows, todo mundo na telinha é cheio da grana, e não necessariamente a imagem dos muito ricos é negativa como nos bons e velhos tempos de Dallas e Dynasty (olha eu revelando a idade, hein?). Quem não se lembra da maravilhosa Joan Collins, a megerérima Alexis? Pois é, agora é uma profusão de milionários da telinha, e alguns deles fariam a Alexis parecer uma recatada senhora.
Classe média, só no Big Brother e nos Extreme Makeover da vida, onde a tal da classe média está fazendo de tudo para parecer rica.
Sei não, mas a matriz está ficando cada vez mais parecida com um certo país mais ao Sul....
Para quem quiser conferir, eis o link.

sábado, 8 de setembro de 2007

Vem chegando o verão...


Olha ele aí de novo, a estação ícone destas terras cariocas. O Pan já passou, a polícia já saiu das ruas, os pivetes já voltaram, tudo caminha para a mais absoluta normalidade. O feriado serviu para afirmar que o verãozão está aí de novo, pelos próximos 11 meses. E junto com ele... os turistas!



Agora, agorinha mesmo, confesso que me permiti um almoço "gourmet" (às 5:30 da tarde) no McDonalds de Copacabana. E ao lado de quem eu sento? De uma mesa de turistas americanos, da nova safra de turistas típicos da terra gringa - jovens e, no caso deste grupo, quase todos negros. Camisetas coloridas, tênis, bermudas xadrez e mais de 1.80 de altura - típicos. Surpreendentemente, nenhum obeso no grupo.


Parei prá pensar - realmente o Rio tem tudo a ver com gente jovem, e os negros americanos têm muito mais a ver conosco que seus conterrâneos brancos, por sua espontaneidade e até pela sua dose de esculhambação, digamos, meio "brasileira".


E é claro que estavam lá os rapazes falando do assunto favorito dos homens - mulheres - e pediram para tirar uma foto de uma garota bastante bonita que, pasmem, não era uma "Bebel", apesar de estarmos no McDonalds de Copacabana. A garota começou a papear com eles, aí chegou um amigo, que tinha morado nos EUA e em 5 minutos os turistas já tinham algumas dicas da "night" no sábado no Rio.


E eu lá, curiosa, só de ouvido em pé escutando a conversa da galera. Falta do que fazer, né?


Pois é, a gente vive "malhando" o Rio, e onde é que a gente vê um povinho tão simpático, hein, hein?

The funnies

Na mesma linha dos "posts" de hoje, mas prá gente rir um pouco.

Liberais e Conservadores nos EUA

Aproveito o "post" sobre as eleições nos EUA para falar um pouquinho sobre a "direita" e a "esquerda" nos EUA. Os chamados "liberais" formam a ala mais à esquerda no espectro político americano. Andaram meio esquecidos nos últimos 20(?) anos e agora, depois do caos do governo Bushinho, parecem estar emergindo das cinzas (ou da tumba, quem sabe?).


Para os nossos padrões, e para os europeus, os "liberais" americanos estão muito mais à direita do que a maioria dos nossos políticos de "centro".


E por que esta possível guinada para a "esquerda" nos EUA?
It´s the economy, dummy!
1) A economia americana está indo pro brejo (vide "post" sobre eleições). Americano não aluga casa, compra. No "boom" imobiliário dos últimos anos muita gente comprou casas novas (a preços altíssimos) com hipotecas a taxas de juros flutuantes. Os juros baixíssimos subiram e eis a crise. Outros tiveram a brilhante idéia de refinanciar suas casas, tomando uma segunda hipoteca, e usando o dinheiro para consumo imediato. Com a subida do juros, catástrofe. Isso é impensável para nós brasileiros, que achamos "baratinho" financiar carro em 36 meses com taxa de juros de 2% ao mês, mas o fato é que os americanos vivem de crédito, e se os juros sobem, a vida deles se torna o inferno na terra.


2) As promessas republicanas (leia-se, da "direita") de corte de impostos na prática significaram muito pouco para a maioria das pessoas. A renúncia fiscal do governo foi enorme, mas sabe quem ela beneficiou? Os muito ricos. O impacto dos cortes em impostos sobre a classe média foi pratciamente nulo, e agora o troco vai ser dado nas urnas.

Aliás, isso é democracia.
O governo nos representa - se ele deixa de nos representar, mais cedo ou mais tarde, leva o troco. Que bom seria se nós brasileiros tivéssemos senso de cidadania suficiente para entender isso.


3) A rede de proteção social foi paulatinamente desmontada. Os EUA nunca foram um welfare state com os países escandinavos (ou, em menor escala, França, Inglaterra e Canadá). No entanto, mesmo para os padrões americanos, a rede de proteção agora é insuficiente - o número de americanos sem seguro saúde aumenta a cada ano, o número de famílias vivendo na pobreza também, e na iminência de uma recessão as pessoas se tornam cada vez mais preocupadas com a existência de garantias mínimas de bem estar. Uma mudança para um governo democrata significaria um aumento de despesas com saúde, educação e previdência públicas e a paulatina reconstrução da rede de proteção social.


As três razões acima são, obviamente, econômicas. A próxima não é.


4) O americano médio se cansou do discurso social conservador. O governo Bushinho desde sempre se aliou aos setores mais conservadores da sociedade americana, defendendo a educação religiosa nas escolas públicas, tentando revogar a lei do aborto, pregando a "teoria" creacionista (leia-se Adão e Eva são ciência e não religião...) e outras coisinhas mimosas. Isso não necessariamente representa os desejos da grande maioria do povo americano. Os novos candidatos republicanos têm aparecido com um discurso social bem mais "light". Na verdade, o ícone do conservadorismo americano, Reagan, que fez o revival da onda conservadora a partir dos anos 80, poderia ser descrito como tudo, mas é difícil imaginar um ex-canastrão de Hollywood defendendo abertamente a revogação do aborto.

Eleições americanas

Para felicidade mundial, o governo Bush começa a se dissolver, e o grande assunto nos EUA já são as próximas eleições para presidente. A eleição de um presidente democrata é dada como praticamente certa. E "nóis" com isso?
Bom, aí depende...

A eleição de alguém mais moderado como presidente dos EUA é sempre um bom sinal, no entanto não pode ser necessariamente encarada como positiva (do ponto de vista econômico) para o Brasil, e eu tentarei elaborar um pouco a respeito.


Do ponto de vista internacional, e da imagem dos EUA no mundo, uma mudança seria "show de bola", pois depois do "imbroglio" Iraque e de todos os conflitos de interesse e desfile de incompetência do governo Bushinho, a tendência é melhorar, pois pior não pode ser.


O fato é que os EUA estão na iminência de uma grande crise, o país está na porta de uma recessão, como a recente crise (ainda não resolvida) das hipotecas revelou. Os déficits gêmeos (comercial = balança de pagamentos = exportação - importação e fiscal = governo gasta mais do que arrecada) só cresceram no governo Bushinho, e o país está numa encruzilhada. Portanto, um futuro governo democrata vai se deparar com um crise "braba", e a solução comumente adotada nestes casos é o protecionismo, leia-se: barreiras alfandegárias e tarifas de importação mais altas. Ou seja, na crise, o lobby para proteger os produtores locais é enorme e isso tem TUDO a ver conosco.


Logo, a equação me parece bem simples: crise americana leva a governo democrata que leva a maiores "barreiras de entrada" no mercado dos EUA que cria dificuldades aos produtores (especialmente agrícolas) brasileiros. É claro que o processo não é tão simples quanto o que eu acabei de decrever, mas em linhas gerais segue isso mesmo.


Então, queridos, eleição americana tem tudo a ver conosco.


Mas, será que governo democrata é bom para os EUA? Acho que sem dúvida é. Será bom prá gente? Hum, há controvérsias....

Video da Ella Fitzgerald (Night and Day)

Já comecei impondo meu gosto musical, não?
The First Lady of Jazz, in one of her brightest moments.
Enjoy.

http://www.youtube.com/watch?v=hssXAp7UljM

Estréia na Blogosfera

Enfim capitulei.
A curiosidade era muita, e a dúvida sobre fazer um blog também. Afinal um blog é, na minha opinião, nada mais que a versão high tech dos antigos diários, e eu detesto diários.

Mas, a memória é curta, e quem sabe não posso recorrer aos préstimos dos servidores pelo mundo afora para guardar meus papéizinhos virtuais com algumas coisas mais ou menos interessantes que vão aparecendo...

Na pior das hipóteses terei o registro das minhas inúmeras reclamações diárias e material farto para a análise. Na melhor, quem sabe não nasce aqui uma razoável cronista?

Uma questão fundamental num blog pessoal como esse é o balanço entre o público e o privado. Sem tema definido, como evitar uma excessiva exposição das idéias e dos sentimentos? Não sei a resposta, acho que aprenderei na prática, só espero que a experiência não seja traumática.

Um comentário positivo a meu respeito, no entanto - adorei o nome que eu dei pro blog. Acho que é a cara dele!

Enfim, como tomei coragem tarde da noite (óbvio, óbvio...), fica só este parco "post" inaugural, junto com uns links de video para o youtube (adorei, inseri na minha página do Orkut).

Esta não poderia deixar de ser a primeira música. Está intimamente ligada aos eventos do ano passado mas, ao contrário do que muitos poderiam pensar, não me lembra só dor, me lembra a vontade que eu tive de viver...
http://www.youtube.com/watch?v=KJv6w23_qVA

Como todo mundo tem direito ao seu minutinho "trash", aí vai, na versão sem censura - preste atenção na mudança da letra...
http://www.youtube.com/watch?v=bswpx5BTeHk&mode=related&search=

Mas, as meninas do video aí de cima ainda são "juniores" no assunto. A "tia" é que sabe tudo do assunto. Veja o video e acho que você vai concordar comigo...
http://www.youtube.com/watch?v=QkmfqyBc43I

Este é um exemplo de como música e video podem ser totalmente dissonantes. Um horror tão grande que chega a ser maravilhoso! Onde é que as "Chicks" estavam com a cabeça? O pior é que eu a-d-o-r-o a musiquinha, mas o video é de doer, talvez por isso nunca o tenha visto antes!
http://www.youtube.com/watch?v=_DkD4kjJwG4

Essa vai me render muita gozação dos amigos das antigas!
Continuo gostando, depois de 30 anos!
http://www.youtube.com/watch?v=nLQ5Uh4d3W4

Não conhecia o video, gostei - não veja se está em deprê!
http://www.youtube.com/watch?v=ON0qcXzuUYU

A classic from the nineties, what else can I say? It´s soo good!
http://www.youtube.com/watch?v=fpHRHSLWBMw

Outro exemplo de música linda e video horroroso. Aliás, quem fez este penteado na Carole King? Está irreconhecível...
http://www.youtube.com/watch?v=efu1uC9DEOU

Tadinho, já devia estar com o pé na cova, mas ainda mandava bem prá caramba....
http://www.youtube.com/watch?v=dX-hMhMTjEg

Quem disse que metaleiro não sabia cantar estava redondamente enganado. Se você tentar cantar esta música vai sofrer horrores - acredite, eu já paguei este mico!
http://www.youtube.com/watch?v=Vo_0UXRY_rY

Last, but not least, a maravilhosa, divina e sensacional. Vocês acharam que iam escapar de um video dElla, é?
http://www.youtube.com/watch?v=NkOuLZ2zcY0